quarta-feira, 15 de setembro de 2010


And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Such a heavenly way to die...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Flying High - Jem



But, oh... I feel so alive...
Oh, just wanna hold you;
Hold you so tight...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

In my life

De tanto não poder mais ter saudade
De tudo que já tive e já perdi
Dona menina
Eu me resolvo agora ir-me embora
Pra bem longe

"Cheguei em Brasília e vou trocar umas ideias com o presidente."

Minhas vindas para cá sempre são associdas à política. Confesso que no meu vôo vieram alguns políticos e eu realmente tive medo do avião cair. Brasília é mais. Dos lugares em que eu já estive, este é o responsável pela minha alegria duradoura. Talvez pela presença dos entes mais que queridos; talvez pela beleza da cidade. Talvez pelos motoristas que param na faixa de pedestre antes mesmo de você subir na calçada. Talvez seja uma junção disso tudo com o ar de férias. Para mim, nem os políticos tiram a beleza dessa cidade e, falando a verdade, eu nem lembro que eles existem enquanto estou aqui. Este lugar me faz esquecer das coisas ruins.

domingo, 23 de maio de 2010

Letargo

Esvaiu-se toda a tristeza daquele domingo ao toque de determinada canção.
Era incrível como seu humor variava a cada diferente melodia; a garota respirava música. Tinha conhecimento da existência do mundo real, mas o achava muito entediante. Preferia entrar em seu mundo, como fazia agora. Ali ela era a protagonista de todas as histórias; sem notar, fazia caras e bocas, gesticulava, dava risadas. Para cada canção havia seu par romântico, este vinha direto do mundo real; ela tinha preguiça de imaginar um parceiro ideal para si. Nunca era o mesmo garoto, ah, não! Nenhum homem merecia estar em mais de uma canção, era um desperdício. Cada toque de instrumento a lembrava de um parceiro diferente. A cada lugar que ia se apaixonava por alguém. Minutos, horas... era ali em que se perdia no seu mundo particular. Encenava repetidas vezes em sua cabeça sorrisos e expressões diferentes, entrava na cabeça do garoto e ali mesmo o fazia se apaixonar pela garota que ali havia encontrado por um acaso. Pouco depois lá estava ela de volta àquele mundo abstrato. Ah, se ele ao menos a olhasse! Não que isso não acontecesse, mas não passava desse ponto. Talvez pelo medo que a garota tinha de que algo daquilo se tornasse real e seu mundo fosse invadido.

O vento frio invadiu a janela e tocou sua pele, acariciando-a. Aquilo não fazia parte da música, então ela abriu os olhos e observou a cortina parada, sentiu o suor grudado em seu colo, olhou a televisão já desligada, tudo escuro... Levou a mão até sua orelha e seu fone de ouvido não estava ali, sentou-se no sofá com uma onda de raiva passando por cada terminação nervosa de seu corpo. Acabou o domingo e a segunda-feira começava empurrada. Ela olhou para os lados e achou um dos fones, o levou até sua orelha e fechou os olhos, deitando-se novamente e mergulhando em mais alguma fantasia.

Cinco Coisas

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.


Neruda.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Stumbleine - Smashing Pumpkins



"And what you never knew...
Can never get to you.
So fake it;
I’ll be your stumbleine
I’ll be your super queen
And make you...
Jukebox fuckup hanging round the drugstore"

17h30min

Às cinco e meia da tarde ele acorda, a cara enfiada no travesseiro e as pernas tortas; posição um tanto desconfortável. Involuntariamente segura o celular que estava no canto da cama e olha a hora, percebe que dormiu muito mais do que o esperado. O despertador não tocou. Embora sabendo que a campainha nunca falhou, esta era sua desculpa de sempre e o único a acreditar era ele mesmo.

Vira com a barriga para cima e encara o pôster no teto do quarto. Senta-se na cama, os pés encostam naquele chão frio, há alguns anos isto era tudo que ele queria. Acordar sozinho. Vai até a cozinha e prepara uma xícara com café forte, sem nenhum açúcar. Ainda num estado de torpor, lembra-se de sua avó que antes de acordá-lo sempre deixava a xícara perto do pó do café, com a água já fervendo naquele fogão que ela tanto gostava, tudo isso de manhã. Agora a criança perdera a noção da hora, não tinha mais para quem inventar desculpas e, não importando a hora que acordasse, ia direto para a cozinha na esperança de ver a xícara ao lado do café, o fogo aceso para a água e algum açúcar naquele pote de amargura que sua vida se tornara.